As últimas aulas consistiram em mais reflexões acerca da meritocracia, do rápido crescimento populacional, nos últimos anos, e suas implicações nas sociedades. Além disso, comentamos sobre a questão carcerária. Assunto este de grande relevância social e ainda tão pouco discutido sobre possíveis meios de promover mais dignidade aos detentos e buscar, de fato, promover a ressocialização e ajuda no retorno ao convívio social. Foi exposto o aspecto da possível privatização das cadeias brasileiras e tal fato levanta questionamentos acerca de representar ou não uma solução efetiva ou mais uma forma de angariar dinheiro da sociedade por meio de brechas legais e propícias a corrupção.
Na aula dinâmica, nós, discentes, tivemos a oportunidade de contribuir mais ativamente na construção de conhecimento. Foram expostos dados referentes a desigualdade social revelando o quanto, ao longo da história, o poder se mantém nas mãos de poucos e o quanto as heranças e a péssima questão distributiva de impostos consolida os ricos como detentores do poder.
Foi abordada a globalização que permitiu conectar pessoas ao redor do mundo, trocar tecnologias e informação, mas que permite a persistência de desigualdades. Nesse contexto, destacou-se o papel dos EUA na história que, após a Guerra fria, conseguiu atingir a hegemonia e tornou a sua língua e a sua cultura como preponderantes e como um símbolo de riqueza e dominação.
Aliado a isso, o meio ambiente teve a sua conservação ignorada e foi muito bem pontuada na sala quando foi comentado sobre o momento de choque entre culturas. A indígena voltada para subsistência e manutenção da natureza e a do portugueses para acumular riquezas e consumir os recursos, sem pensar nas implicações disso. Decorridos séculos, as sociedades após a constatação dos impactos ambientais vê-se diante da necessidade de assim como os índios, pensar em consumir os recursos sem colocar em risco o meio ambiente.
Feitas as devidas reflexões sobre os aspectos mundias, finalizamos a aula com o retrato da desigualdade existente no país. Ao se expor a realidade marcada pela miséria de brasileiros que sequer possuem um local apropriado para fazer suas necessidades e/ou a falta de recursos para saciar a fome que insiste em machucar, amedrontar e, por vezes, ceifa vidas, ficou nítido as diferentes oportunidades existentes no país. E, nessa perspectiva, a abordagem de um componente denominado Universidade e contexto planetário mostra-se como primordial para estimular reflexões acerca do papel que cada um pode desempenhar nesse cenário ainda tão excludente e cientes dessa responsabilidade contribuir com a diminuição de abismos sociais.
Embora os números revelem uma grande desigualdade, não devem representar a descrença num mundo melhor e mais justo. O geógrafo Milton Santos afirmou que o mundo não é formado apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir. Então, caros colegas, cabe a nós a consciência de uma mudança lenta e gradual que pode se tornar uma realidade a partir das nossas ações.
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