sábado, 4 de maio de 2019

Começos e despedidas

29 de abril de 2019

Após realizadas as devidas observações, diálogos, pesquisas e análise da viabilidade de se propor uma intervenção, nós apresentamos nossa proposta de melhoria na qualidade de vida dos moradores do conjunto habitacional São José.
Levamos em consideração as suas observações sobre a carência de lazer e dificuldade de acesso aos serviços de saúde.
Realizamos pesquisa sobre um projeto existente e com grande potencial de atender a proposta de promoção de saúde associada a momentos de lazer.
Confesso que não achei simples a proposta de levar algo para o território que conseguisse abarcar  anseios tão diferentes dos moradores e ,ao mesmo tempo, bem semelhantes.
Diferentes porque deveria atender as várias faixas etárias existentes e semelhantes por estarem localizados numa mesma área e estarem submetidos a vários problemas em comum.
Gostei desse processo de defender a " minha" proposta rs. No sentido de expor a sua viabilidade, os seus benefícios e as inúmeras possibilidades que poderiam surgir a partir da sua aplicação.
Mostramos nossa perspectiva, levantamos possibilidades, mas ainda temos muito a realizar no sentido da UFSB ser a mola propulsora de um extremo sul da Bahia com mais oportunidades.
A proposta de sair dos espaços da universidade e ir até a sociedade por meio desses projetos reaviva o entendimento do nosso papel social.
Adquirir conhecimento, compartilhar ideias, modificar e modificar-se ao longo desse processo de trocas, mudanças e construções.
Definir intervenções é um começo. A sua continuidade é o fim ou o início de uma cenário promissor.
Universidade  e sociedade
Universidade e desenvolvimento regional
Universidade e contexto planetário
Um ciclo que se findou e abriu oportunidades.
Processos de aprendizagem que buscaram nos mostrar o que é e pretende ser a  UFSB. Um projeto inovador e cheios de desafios.
CCs que buscaram despertar essa compreensão do papel que uma universidade tem numa região, do alcance que suas ações podem vir a promover no território.
E, por último, um componente que nos convidou a pensar sobre a globalização e suas implicações, nos mostrou o que é o antropoceno, que nos ajudou a debater sobre meritocracia e pra mim teve como seu diferencial a promoção de um tribunal  que nos estimulava a pensar um assunto atual sob várias perspectivas diferentes. Chegando até a me fazer questionar sobre a existência do aquecimento global que era algo que sempre dei como o certo.
Foi o momento que pude perceber o quão necessário é se permitir ver o mundo sob várias perspectivas.
Finalizamos com vários universitários vendo cada um a seu modo um jeito de levar pra sociedade a garantia de direitos que lhe são negados e negligenciados pelo poder público.
Diante de tantas necessidades, o que precisa nos mover agora é o inconformismo com a realidade que nos é dada como normal e o sentimento de capacidade de atuar e poder modificar realidades.





















sábado, 13 de abril de 2019

Pesquisa de campo

13 de abril de 2019

Dia de irmos até o conjunto habitacional  São José.  Juntamente com a turma de Fabiana, cada equipe realizou entrevistas em um bloco para fazermos um levantamento de possibilidades de atuar com uma intervenção coletiva.
Minha equipe não encontrou nenhum obstáculo da parte dos entrevistados que encontramos. Pelo contrário, foram super solícitos em relação a contribuir com o projeto e demonstraram uma certa expectativa de que as informações coletadas possam, em algum momento, contribuir para a elaboração de melhorias na comunidade.
De forma geral, em nossas entrevistas, foram relatados alguns problemas em comum como o transporte público, a segurança, a disponibilização de água e a falta de lazer.
Até encontramos mais de uma quadra no espaço, mas sem a devida manutenção e incapaz de abarcar prática esportivas.
A distância do centro também foi apontada como obstáculo na rotina da população.
Eles demonstraram a vontade de ter mais espaços de lazer e convivência, mais segurança e agilidade para o deslocamento no transporte público e maior solidariedade entre eles.
Observamos esgoto a céu aberto, muita sujeira da própria população nas laterais das casas, muitos sacos plásticos, embalagens de salgadinhos, copos e etc. Fato que comprova a fala de alguns deles sobre a necessidade da própria comunidade contribuir com melhorias para a vida da população.
Existe um sentimento muito forte de gratidão pela conquista da casa. Ao questionarmos o nível de satisfação com o móvel sempre pontuavam que, de algum modo, lá era muito melhor do que o local de moradia anterior e que, por isso, não iriam dar uma nota tão baixa por conta de estarem felizes com a conquista da casa própria.
Um ponto muito interessante foi que no momento que colocamos o entrevistado num papel de protagonista de uma mudança concreta da população eles apresentavam muita dificuldade em pontuar meios de produzir melhorias para a comunidade. Em certa medida, imaginávamos que após pontuar sobre os problemas que apresentavam iriam facilmente citar soluções que desejavam para o conjunto habitacional.
Infelizmente, não tivemos a possibilidade de expor para algum jovem ou interessado em ingressar o ensino superior a nossa universidade. Logo, apenas pontuamos sobre a UFSB e indicamos aos moradores que falassem aos jovens sobre essa grande possibilidade de mudança (representada pelo ensino superior) que está ali tão próxima deles e que de, certa forma, ainda tão distante. Mas, que pode vir a ser após esse e outros projetos uma realidade mais presente na vida daquelas pessoas.
Outro ponto que achei relevante foi essa diferença entre teoria e prática. Em sala, fizemos a entrevista em 25 minutos. Outros colegas ainda conseguiram num intervalo de tempo bem menor. Mas, nós demoramos mais tempo. Uma meia hora e até mais um pouquinho por conta da dificuldade às vezes do morador de ser mais sucinto e também porque alguns queriam exemplos de respostas e precisávamos nos conter para não comprometer a qualidade da nossa pesquisa.
Enfim, foi uma manhã muito produtiva e a sensação que fica é o desejo de que tenhamos discernimento e a capacidade de elaborar bons caminhos para conseguirmos ajudar e acrescentar, de algum modo, melhorias na vida daquela população.



































Créditos das fotos:
@caique_alves_de_castro 
https://www.instagram.com/caique_alves_de_castro/ 

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Analisando caminhos

09 de abril de 2019
Aula realizada em prol da preparação da visita de campo para o trabalho final.
Acredito que a busca por caminhos para concretizar mudanças a médio e também a longo prazo, afinal nossa pesquisa pode sim ser a mola propulsora para mudanças futuras. Em grupo, realizamos o teste que será feito com a população do conjunto habitacional São José. Com essa ação foi possível perceber a média de tempo que demoramos para realizar as perguntas e, principalmente, discutimos sobre a forma de realizar essa abordagem, tendo a consciência da necessidade de adaptar a nossa fala para sermos bem compreendidos e também para conseguirmos um diálogo mais fluido e capaz de coletar informações importantes para, posteriormente, conseguirmos realizar uma ação válida.
Dois pontos que mais chamaram a minha atenção sobre a nossa tarde foram essa sensibilidade e bom senso de adaptar as perguntas priorizando que os entrevistados sintam-se confortáveis em responder e convidados a colaborar para o bem da coletividade e também a fala  sobre o fato de existir ainda na sociedade uma ideia de colaboração muito limitada ao que julgam que um setor social precisa sem antes dialogar e perceber, juntamente com os mais interessados, quais suas demandas reais.
Fica a noção do quanto é preciso estar atento a forma como o outro enxerga a sua realidade e não somente como eu vejo e percebo o outro.
Eis um dos compromissos sociais da nossa universidade, uma instituição de ensino que tem como pilar contemplar e modificar o seu entorno, modificando e melhorando a realidade do sul da Bahia, compreendendo cada realidade e perspectiva.
No fim de semana nos reuniremos para descobrirmos essa informações e elaborar mecanismos para agregar positivamente na vida daquelas pessoas.



terça-feira, 2 de abril de 2019

"Há esperança"


02 de abril de 2019

Aula conjunta com a turma da professora Fabiana.

Tomamos conhecimento de um projeto realizado pela professora Silvia Kimo no condomínio que iremos realizar nosso projeto final.
Após refletirmos tanto no componente sobre desigualdade social, a nossa intervenção agora vai estar diretamente associada a essa problemática social. Afinal de contas, a construção de condomínios distantes das áreas mais valorizadas financeiramente é um reflexo de uma sociedade desigual em que o acesso a serviços urbanos básicos torna-se mais acessível para os que detém maior poder aquisitivo.
No condomínio São José, a sua disposição no espaço é um retrato da segregação socioeconômica e do interesse, talvez implícito, de manter essas pessoas à margem da sociedade.
Podemos perceber o modo como se estabelecem as relações sociais, notando o quanto a distância física do local de origem das pessoas e também do centro e locais como farmácia, igrejas e outros meios de assistência prejudica a vida das pessoas. Isso porque como muitas mantém esses vínculos com o espaço de origem fica mais difícil ainda.
Achei curioso o fato de existir uma certa noção de solidão dentro do condomínio. Afinal, do ponto de vista da quantidade de pessoas que convivem na área e por terem deixado o antigo espaço de convivência era de se esperar maior integração entre as pessoas.
Fica a reflexão do quanto as conquistas financeiras são importantes, mas sem perder de vista o valor inestimável dos laços que estabelecemos nas nossas relações.
Após esse momento tivemos a oportunidade de saber um pouco mais sobre o processo de saneamento e outras questões da cidade de Itabuna. O engenheiro Alfredo Melo pode nos mostrar a relevância das discussões dentro da universidade sobre os problemas que nos cercam e do poder que a ação tem de intervir e modificar o cenário do espaço pesquisado. Isso porque hoje muito tem sido feito graças a intervenção da universidade nesse processo de esquecimento em que muitos setores sociais se encontram e, aos poucos, são alterados.
Interessante e imprescindível o fato da universidade permitir essa conexão com outros setores da sociedade.
Depois de expor a realidade do território a ser pesquisado e outros resultados positivos graças à iniciativa acadêmica, a fala final do morador do condomínio foi o que eu e acredito que, alguns colegas, precisávamos para reforçar a compreensão do nosso papel ali.  
Ver além do nosso conforto (isso dentro de cada realidade) e compreender que mesmo na condição de estudantes nós podemos de fato contribuir e intervir na nossa sociedade de modo efetivo.
É inegável o quanto é benéfico para a sociedade ter uma instituição de ensino superior que busca, de fato, incluir, transformar e despertar/contribuir para uma formação que integre e auxilia no progresso do sul da Bahia.
Apesar dos pesares, há esperança. Tal como o Mário Sérgio Cortella afirma esperança do esperançar, no sentido de ir atrás, buscar, não desistir. Embora o cenário, às vezes, seja desanimador ou complexo, há esperança.





Imagem extraída da internet

quarta-feira, 27 de março de 2019

Universidade: para onde vamos e queremos ir?

Itabuna, 26 de março de 2019





Aula baseada em reflexões sobre como se deu o processo de construção das universidades por muito anos e o quanto aspectos que não cabem mais nos espaços acadêmicos persistem devido uma tentativa de manutenção da hegemonia de uma minoria.
Devido às mudanças presentes no contexto histórico e social, fica o questionamento sobre a quem interessa essa manutenção. Afinal, diante de tantas mudanças no seio social espera-se que a educação acompanhe essas transformações também.
Por anos,o modelo que persistia vigorando como o correto e ideal era um modelo em que existia menos autonomia, participação e preocupação com questões sociais. Dentro desse contexto,surgiu a Ufsb com uma  proposta inovadora a nível mundial e que passa por muitas dificuldades para pôr em prática tantas inovações e ofertar grandes contribuições para o mundo acadêmico e o seu entorno.
Após as reflexões feitas a partir das falas do Boaventura e do Naomar e trazendo para o contexto atual nota-se que responder a pergunta sobre a universidade acerca de para onde vamos e queremos ir é ainda algo muito incerto. De fato, não queremos mais perpetuar esse modo de reprodução de conhecimento e interesse limitado ao mercado, mas os passos para modificar esse cenário persistem incertos. Ora por conta de questões políticas, ora por uma má gestão ou ainda pelo próprio desinteresse docente e discente em fazer dar certo uma pluversidade.
Diante de toda beleza e sabedoria do Boaventura e após comentarmos sobre a proposta da universidade e dos rumos tomados até então, acredito que vale à pena acreditar na construção de outra realidade para  o país.
Para muitos, pode ser que a ideia inicial da universidade era algo utópico e fora da realidade. Apesar dos pesares, sementes foram plantadas na sociedade. Entre avanços e retrocessos, cabe a nós meditarmos nas palavras citada pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano e acreditar que o melhor ainda está por vir.


“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

terça-feira, 12 de março de 2019

Tribunal da crise ambiental



Itabuna, 12 de março de 2019
Devido as reflexões feitas acerca do Antropoceno e da sua interferência na sobrevivência das espécies e dos impactos decorrentes da ação humana, hoje discutimos acerca do aquecimento global. Foram feitas excelentes reflexões sobre a veracidade ou não do fenômeno climático e a forma como o homem influencia nessa ação.
Embora já tenha escutado brevemente sobre a existência de céticos que defendem que o aquecimento é uma farsa, hoje nós tivemos a oportunidade de trocar mais informações sobre o assunto, verificar dados e explicações, em certa medida, coerentes e convidativas a perceber o mundo sob um novo olhar.
Curioso o modo como novas perspectivas colocaram em xeque algumas certezas sobre o aquecimento global e mostraram ou, no mínimo, insinuaram um lado obscuro do processo de desenvolvimento sustentável.
Fica o aprendizado da busca necessária e incessante de analisar o mundo sob a ótica da dúvida e questionamento. Afinal, o que nos é ensinado nas aulas de biologia, geografia e também nos veículos de informação de massa é, na maiorias das vezes, apenas um modo de se pensar esse fenômeno.
Um modo que não mostra de quem é o interesse em tornar aquela forma de se pensar verdade absoluta e quais os ganhos dessa ação.
Portanto, após discussões entre antagônicos, ambientalistas e indecisos, a conclusão obtida de todos os dados expostos é de que mesmo que o homem não venha a ser o grande responsável pelo aumento da temperatura global, ele se beneficia dessa predação ao ambiente seja através do poder econômico ou geopolítico.
Culpado ou inocente?
Depende dos ganhos envolvidos nessa conduta. O que é certo é que uma minoria detém o poder de mudar o rumo de bilhões de pessoas ao redor do globo e isso pode sim representar um futuro nada promissor para a sobrevivência da própria espécie humana.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Entre passos lentos e rápido



  



As últimas aulas consistiram em mais reflexões acerca da meritocracia, do rápido crescimento populacional, nos últimos anos, e suas implicações nas sociedades. Além disso, comentamos sobre a questão carcerária. Assunto este de grande relevância social e ainda tão pouco discutido sobre possíveis  meios de promover mais dignidade aos detentos e buscar, de fato, promover a ressocialização e ajuda no retorno ao convívio social. Foi exposto o aspecto da possível privatização das cadeias brasileiras e tal fato levanta questionamentos acerca de representar ou não uma solução efetiva ou mais uma forma de angariar dinheiro da sociedade por meio de brechas legais e propícias a corrupção.

Na aula dinâmica,  nós, discentes, tivemos a oportunidade de contribuir mais ativamente na construção de conhecimento. Foram expostos dados referentes a desigualdade social revelando o quanto, ao longo da história, o poder se mantém nas mãos de poucos e o quanto as heranças e a péssima questão distributiva de impostos consolida os ricos como detentores do poder.
Foi abordada a globalização que permitiu conectar pessoas ao redor do mundo, trocar tecnologias e informação, mas que permite a persistência de desigualdades. Nesse contexto, destacou-se o papel dos EUA  na história que, após a Guerra fria, conseguiu atingir a hegemonia e tornou a sua língua e a sua cultura como preponderantes e como um símbolo de riqueza e dominação.
Aliado a isso, o meio ambiente teve a sua conservação ignorada e foi muito bem pontuada na sala quando foi comentado sobre o momento de choque entre culturas. A indígena voltada para subsistência e manutenção da natureza e a do portugueses para acumular riquezas e consumir os recursos, sem pensar nas implicações disso. Decorridos séculos, as sociedades após a constatação dos impactos ambientais vê-se diante da necessidade de assim como os índios, pensar em consumir os recursos sem colocar em risco o meio ambiente.
Feitas as devidas reflexões sobre os aspectos mundias, finalizamos a aula com o retrato da desigualdade existente no país. Ao se expor a realidade marcada pela miséria de brasileiros que sequer possuem um local apropriado para fazer suas necessidades e/ou a falta de recursos para saciar a fome que insiste em machucar, amedrontar e, por vezes, ceifa vidas, ficou nítido as diferentes oportunidades existentes no país. E, nessa perspectiva, a abordagem de um componente denominado Universidade e contexto planetário mostra-se como primordial para estimular  reflexões acerca do papel que cada um pode desempenhar nesse cenário ainda tão excludente e cientes dessa responsabilidade contribuir com a diminuição de abismos sociais. 
Embora os números revelem uma grande desigualdade, não devem representar a descrença num mundo melhor e mais justo. O geógrafo Milton Santos afirmou que o mundo não é formado apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir. Então, caros colegas, cabe a nós a consciência de uma mudança lenta e gradual que pode se tornar uma realidade a partir das nossas ações.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Contexto planetário: diário referente as aulas iniciais


Inicialmente, conhecemos a proposta a ser trabalhada no componente. Com suas perspectivas e possíveis caminhos de aprendizagem.
Falamos sobre conceitos, muitas vezes, recorrentes na nossa sociedade e, no entanto, notei que tanto eu quanto alguns colegas apresentamos dificuldades em expor exatamente a forma como tais conceitos como PIB e IDH representam pontos importantes e ainda persistem, em certa medida, mal compreendidos.
Ao discutirmos sobre o capitalismo foi exposto um vídeo que delineava o modo predatório como o homem se apodera da natureza e as possíveis consequências dessa lógica perversa e individualista e nos convidou a refletir sobre nosso papel nesse processo. Acredito que a UFSB ao nos ofertar um CC de Universidade e contexto planetário tendo como um de seus pilares a sustentabilidade busca realmente nos alertar dessa questão tão alarmante no seio social e que carece de indivíduos que tenham a devida compreensão do papel que cada um tem nessa cadeia de destruição sem fim, caso nada seja feito.Ou melhor, tal como exposto no vídeo e talvez de um modo exagerado,mas plenamente possível,uma destruição que o fim acaba com a nossa própria espécie.
Em nosso segundo momento, discutimos acerca do trecho da obra do sociólogo Zygmunt Bauman, A riqueza de poucos beneficia a todos nós?
 O capítulo discutido foi O quanto hoje somos desiguais? Impressionante os dados do quão desigual e perversa é a lógica do capital que rege as sociedades.
Discutimos sobre números que expõem o quanto os ricos tornam-se cada vez mais ricos enquanto pobres tem sua miséria ampliada, negligenciada e ignorada. Tal fato fica explícito nas cidades brasileiras em que a segregação espacial delimita quem deve e pode ocupar os melhores lugares ou não. 
Ainda abordamos a tão propagada meritocracia. Questionamos os ditos "talentos" e merecimento que costumeiramente são expostos na sociedade como forma de questionar a força de vontade e dedicação dos que não conquistam o tão propagado sucesso. 
O historiador Sidney Chalhoub afirmou que a meritocracia é um mito que alimenta as desigualdades. Partindo dessa perspectiva, enquanto houver esse discurso que deslegitima e desconsidera as múltiplas realidades sejam elas de cor e/ou econômica, a discrepância entre os ricos e pobres persistirá como algo natural e até necessário.
No documentário Milton Santos o mundo visto do lado de cá, ele há mais de 10 anos alertou sobre essa oposição tão grande entre os ricos e a maioria esmagadora da humanidade, mas apesar desse diagnóstico nada salutar ele nos convida a pensar na criação de um novo mundo.
É assim que a Universidade Federal do Sul da Bahia ao oportunizar de um modo mais democrático e voltado para a equidade possibilita, entre passos lentos e rápidos, a elaboração de uma nova realidade,um mundo possível e menos desigual.
Termino meu diário com falas do célebre Milton Santos e um trecho desse excelente documentário para convidar a cada leitor desse relato a acreditar nas possibilidades de uma realidade mais justa.
"Nunca na história da humanidade houve condições técnicas e científicas tão adequadas a construir o mundo da dignidade humana.Apenas essas condições foram expropriadas por um punhado de empresas que decidiram construir um mundo perverso. Cabe a nós fazer destas condições materiais a condição material da produção de uma outra política."
"O mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir."



https://www.youtube.com/watch?v=ZXdDkDwTUxc


Começos e despedidas

29 de abril de 2019 Após realizadas as devidas observações, diálogos, pesquisas e análise da viabilidade de se propor uma intervenção, nós...